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And no one after drinking old wine wants the new, for they say, ‘The old is better.’” (Luke 5:39)
The way Portuguese people relate to Christianity in general has caused me to reflect on my own North American culture. An old Chinese proverb says that if you want to know what water is, don’t ask a fish (https://stephenlbaxter.com/2014/02/17/dont-ask-a-fish/). A fish has never been out of its water environment and therefore takes it for granted as a given aspect of reality.
Recently our family visited the Capela dos Ossos (Chapel of Bones) in the city of Évora about 1:45 from Cascais where we live. The cavernous chapel is pretty spooky at first glance. But as we visited several museums in the area I couldn’t help marvelling at the reverence and devotion of the city’s historic monastic communities. To visit downtown Évora is to admire the medieval constructions of the Catholic Church that testify to the power struggle against foreign invaders. The Moors held Évora as a capital for 3 centuries and the French invaded and robbed the churches of all but the most sacred golden and silver artefacts. The formidable Christian architecture that tourists come to see and locals revere are a testament to the ultimate supremacy of Christian culture in the region.
For a North American like myself it is easy to look at such structures and focus on the carnal religious glory they perhaps embody. All the art and decor and architecture can seem like a monument to human creativity. But as looked over the artefacts from centuries of monasticism I was impressed by the sincere devotion of these communities. One of my children asked me what monasticism was and I explained that these people had founded communities in order to live a more pure Christian life in a time when the Church had become decadent with privilege.
In short, I sense that the Portuguese relate to Christianity with a sense of awe. This, inspired by the physical evidence of the ancient faith that arguably forms the single greatest source of their culture. There is something admirable and precious here. In contrast, I feel that sometimes in North America we think of Christianity in terms of the contemporary institutions that strive for modern relevance to the point of appearing con substantive with secular corporations. Many Americans view the church as a business both those on the outside looking in as well as the devout themselves. In America we read books by spiritual leaders whose clout is based on power and fame. In Southern Europe the most famous Christians are often those who lived ascetic lives of service and devotion. Comparison is not my objective here, but I’m happy to share the inspiration I receive from the Church in this new context God has led my family and I.
O Vinho Velho É Melhor
E ninguém, depois de beber o vinho velho, prefere o novo, pois diz: ‘O vinho velho é melhor! ’ ” (Lucas 5:39)
A maneira que os portugueses se relacionam com o cristianismo me faz refletir sobre minha cultura norte americana. Há um provérbio antigo chinês que diz que, se você quiser saber o que é água, melhor não perguntar para um peixe. O ponto é que, um peixe nunca saiu de seu ambiente aquático, então não sabe descrever uma realidade que não seja essa. O peixe nem sequer pode imaginar um mundo que não consiste de água como elemento básico fundamental.
Recentemente, a nossa família visitou a Capela dos Ossos na cidade de Évora, que fica cerca de 1h45m de carro de Cascais, onde moramos. A princípio, eu achei a capela meio assombrada e até assustadora, mas ela faz parte de um conjunto de prédios sagrados. Hoje a maioria destes edifícios são museus que contam a história das comunidades monásticas da era medieval. Os prédios mais impressionantes do centro de Évora são igrejas católicas que testificam da vitória da cultura cristã portuguesa contra invasores religiosos (muçulmanos) e secularistas (os franceses). Os mouros governaram em Évora durante 3 séculos e, no início do século 19 os franceses invadiram a cidade roubando as igrejas de seus utensílios dourados de adoração. Neste contexto histórico pode se perceber como a arquitetura cristã que permaneceu, serve como testamento da supremacia cultural que a igreja teve na região.
Para um norte-americano como eu é fácil olhar para tais estruturas e focar na ostentação religiosa que elas parecem representar. Toda a arte e ornamentação podem aparentar a mim como um monumento não a Deus, mas à criatividade humana. Contudo, ao passar pelas exibições históricas das comunidades monásticas, eu tive que reconhecer a evidência da devoção cristã sincera. Um dos meus filhos me perguntou o que era tudo aquilo e eu tentei dar uma explicação resumida do monasticismo. Eu disse que iniciando no século 2 peregrinos cristãos solitários começaram a ir espontaneamente a lugares desertos, incialmente no norte da África e na Síria, buscando viver uma fé mais pura e simples. Já naquela época havia cristãos que sentiam que a igreja havia se corrompido com os privilégios de prestígio político e riqueza. Estes irmãos e irmãs preciosos queriam voltar à essência do evangelho.
A impressão que eu tenho é que ainda hoje os portugueses se relacionam com o cristianismo com uma sensação de reverência. Essa veneração parece ser inspirada pelos vestígios físicos daquela fé da antiguidade, da qual talvez provem a maior fonte da cultura portuguesa, ainda em pleno século 21. Eu creio que aqui há algo admirável e precioso na cultura portuguesa. Em contraste, eu sinto que na minha cultura Norte Americana, ás vezes nós pensamos no cristianismo manifestado nas instituições contemporâneas. Estas igrejas, organizações missionárias e diversos ministérios se esforçam com muito zelo para serem relevantes no mundo contemporâneo, ao ponto de parecer quase idênticos às entidades seculares.
Muitos Norte Americanos – tanto crentes quanto não crentes – vêem a igreja como um negócio. Nós lemos livros por líderes espirituais cujo know how se baseia no poder e fama. Em contrapartida, aqui na península ibérica os cristãos mais famosos geralmente são os santos – a maioria da antiguidade – que viviam vidas de serviço e devoção a Cristo. O ponto fraco aqui seria talvez o foco demasiado na expressão cristã do passado, mas mesmo assim há muitas características admiráveis nesta tradição histórica.
O meu objetivo aqui não é comparar, mas simplesmente compartilhar a inspiração espiritual que tenho recebido da igreja no novo contexto para onde o Senhor tem conduzido a minha família e eu. O nosso desejo e oração é poder de alguma forma – seja quão pequeno for – somar com a obra do Reino de Deus que já vem sendo feita aqui desde quando a minha cultura nativa ainda nem existia.
